sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A morte é uma merda, fico com gosto de boca amarga todas as vezes que me deparo com esse mal inevitável, odeio a morte, odeio o dia seguinte, odeia a sensação de perda e de que nunca mais verei novamente a pessoa. A falta de quem a gente gosta grita alto no silêncio da tristeza. 

A morte é foda, a morte é uma droga, é cortante, deixa marcas profundas e me deixa perdida. Gosto de nada, final amargo, cheiro de dia que não passa, de horas pesadas, não dá nem pra respirar, o ar fica tão pesado que não entra em minhas narinas e o medo toma conta de mim, sempre. O choro misturado à amargura na garganta, as pernas bambas, o coração pulsando doído, vestígio de uma perda que nunca será preenchiada, por nada e por ninguem.

A morte é uma merda, queria ficar bem longe dela, mas a filha da puta adora rondar por aqui. E agora, cansada, sem rumo, sem vontade de nada, me sento frente a frente, a vejo levando mais uma vida, nesse caso duas, fito-a, olhos nos olhos, perco a batalha, ela é mais forte e é invencível, caio no choro, lamentar é o único meio possível pra aliviar a dor! 
  
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Semana pesada, dias que as horas foram tão sacrificante que é como se enfiassem em mim uma espada bem no meio do meu coração, semana perdida, dias nublados, cansaço e dor. 

Perdemos um casal de colegas dos meus pais num acidente horrível, se amavam tanto que não desejavam ficar viúvos, morreram juntos e abraçados, amor eterno certamente, mas e pra quem fica? Pra filha que tem a minha idade e viu toda a trágica cena e sobreviveu. Vai continuar sobrevivendo à vida toda? Aposto que sim, viver depois disso é impossível. 

Fiquei abalada, entristecida, pra lá de chateada e a semana não foi fácil, não só por isso mais por tudo isso, e o final de semana chega, infelizmente pra mim vou ficar sozinha, como sempre... amém!






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