domingo, 26 de dezembro de 2010



Ah aquela garrafa de vinho... 

Quantas saudades eu sinto de seu líquido vermelho deslizando pela minha garganta, neutralizando as dores da minha alma, me levando para um universo de pensamentos aonde era possível enxergar como as coisas são simples e eu um ser tão pequeno e complexo.

Quantas saudades do alívio que ela me trazia, junto com as suas mãos quentes mexendo em meus cabelos, seus dedos deslizando entre as mechas chegando a nuca, ainda lembro o arrepio da minha pele sentindo a sua, fervilhando o vinho dentro de mim.

Os corpos tão próximos, o seu calor me invadindo e me deixando ainda mais entregue, zonza... culpa da garrafa e da tensão de desejos que sentimos um pelo outro, tudo era tão quente e doce. Quanta saudades do sabor dos seus beijos, dos seus toques macios, da minha alma leve encontrando a sua! 

Que saudades de ontem, quando tinha você aqui, quando tudo era certo, quando era a sua menina e me sentia protegida, quando o sabor do vinho era apenas um pretexto pra ficarmos juntos.

O tempo passou, a saudade ficou e o vinho, ah aquele velho vinho de nossa preferência, ainda é o mesmo e agora o único a me fazer companhia. 







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