Foi bem nova que conheci a paixão.
Balão vermelho, grande e quente,
mas desmedido como coisas de adolescente.
De tão grande, me esmagou.
De tão quente, me queimou.
Um dia descobri um alfinete,
e furei aquele imenso balão.
Foi um susto danado de inicio!
Ar demais em minha volta!
E tinha vento, e tinha o mundo inteiro!
Levantei devagarzinho,
e aos poucos conheci minha nova companheira: Eu.
Eu não é balão fechado, é asa, aberta, e voa!
Hoje Eu me ama, e eu amo Eu.
A historia seria perfeita
se não fosse a falta que eu sinto do lado bom da paixão...
Toda vez que se aproxima a segunda pessoa,
vem Eu com o velho alfinete e fura
antes que se encha o balão.
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