terça-feira, 2 de novembro de 2010




Estou perdida, não consigo me encontrar, ando, cavo, procuro mas não acho nenhum caminho de volta ao terreno conhecido, quero voltar pro meu pequeno paraíso e não consigo. 

Andei demais e esqueci de marcar o caminho, viagem acompanhada dá nisso ficamos encantados com a companhia e novas descobertas que esquecemos de olhar bem o caminho percorrido, no auge do encanto quem poderia prever que eu iria voltar quando se quer só ir?!

Não quero voltar sozinha, mas com quem posso contar nesse momento se quem veio comigo se perdeu também?! Encontra-se indeciso, sem coragem, quase não o reconheço mais, olho e não vejo quem me cativou antes.

Espero ora quieta, ora chorando, ora gritando a decisão do indeciso, estamos amarrados por essa sua confusão, amarras malditas que me prende, sufoca, corta e me faz sangrar todos os dias, sinto tanta dor.

Fico fazendo o papel de juíza de nossas vidas perguntando e decidindo tudo, quanto peso nos meus ombros, me sinto tão pesada, tento indagar o que será de nós e não ouço resposta alguma, apenas um silencio cortante que me acerta e me faz em mil pedacinhos que junto rapidamente pra ele não perceber. 

Vim aqui por ele, chegamos juntos mas nos perdemos, está tudo confuso entre nós agora, por mim continuaria a caminhar, a me perder e a me encontrar, estando do lado dele não teria medo de encarar o desconhecido, mas ele tem medo de continuar, sua indecisão é eloqüente, seu medo maior não é de me perder e sim de não saber o que escolher. 

Sentada no meio do caminho fecho os meus olhos e lembro de ontem, quanto tudo era certo, bonito e envolvente, desperto do transe pedindo socorro, correndo, andando, esperando, cavando enlouquecida o caminho de volta. 


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